CD Stringbreaker & The Stuffbreakers/Sringbreaker & The Stuffbreakers - Por Luiz Domingues
Chegou às minhas mãos o CD de um jovem guitarrista paulistano, a revelar o eu trabalho mais recente em estúdio, e por conta de tal descoberta, a me despertar a atenção, de imediato. Trata-se de Stringbreaker & the Stuffbreakers, trabalho de Guilherme Spilack, guitarrista técnico, criativo e influenciado pelas melhores referências do Rock Clássico.
Ao lado do baixista, Robinho Tavares e do baterista, Sergio Ciccone, Spilack gravou um disco com dez temas instrumentais, sob agradável audição para ouvidos como os meus, mega simpáticos às sonoridades de cunho sessenta-setentistas. A despeito dessa ótima prerrogativa em prol do Classic Rock, nem sempre foi essa a orientação de Spilack, entretanto.
A sua escola primordial fora o Heavy-Metal, quando ele atuou com a banda "Reviolence" a atuar nesse mundo metálico, além de participações em bandas tributo do Iron Maiden e da carreira solo do vocalista britânico, Bruce Dickinson. Entretanto, ao demonstrar ecletismo, Spilack nos mostra neste trabalho que enfoco, um outro lado seu, plenamente identificado com a sonoridade clássica das décadas de sessenta e setenta. Nas dez faixas do disco, o "groove" que apresenta é muito grande. A sua guitarra sai do lugar-comum em torno do virtuosismo puro e simples (e típico de guitarristas de Heavy-Metal, a mostrar via de regra a técnica em sentido desconectado com o sentido cultural em si), mas ao contrário de outros colegas de sua geração, ele segue a trabalhar a favor da música, com sentido e propósito.
Spilack em pessoa cuidou da produção toda, incluso o áudio, ao operar em seu estúdio particular (SpilackTAG Estúdio), com exceção da captura de bateria, feita em um estúdio diferente, o Estúdio Tool Box 68. Em suma, um trabalho muito inspirado, que nos oferta a esperança que o Rock possa trilhar caminhos melhores doravante, com jovens a buscar beberem em fontes nobres, novamente.
E uma ótima nova, que eu soube através do próprio Guilherme: a sua intenção é que o Stuffbreakers seja uma banda doravante, para seguir carreira e portanto, ele não trata esse trabalho como solo. Melhor ainda, em suma. Cabe registrar que eu fiz uso abusivamente de citações a estabelecer associação de ideias com inúmeros artistas do passado na história do Rock, mas neste caso, além de saber que o artista em si concorda com a minha linha de raciocínio, a minha intenção foi enaltecer a boa fonte em que o jovem Guilherme Spilack busca inspiração, mas em essência, é óbvio que ele tem a sua própria identidade como artista e aliás, esse talento é notório. Jovens talentosos como Guilherme Spilack (e seus companheiros), nos traz de volta essa empolgação de se acreditar que dias melhores virão para quem ama o Rock, verdadeiramente.
Para conhecer melhor esse trabalho, contato na página do Facebook:
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